Até amanhã, Brasil apresentará documento que contribuirá para
consolidar as metas até 2020. Para Izabella Teixeira, governo e
sociedade devem trabalhar juntos, como forma de qualificar politicamente
as propostas.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, abriu, nesta
quarta-feira (16/05), o primeiro dia de discussões da iniciativa
Diálogos sobre Biodiversidade: Construindo a Estratégia Brasileira para
2020. Realizado no Hotel St. Peter, em Brasília, o encontro terminará
amanhã com a apresentação do documento final que contribuirá para a
consolidação das Metas Nacionais de Biodiversidade para 2020, como parte
da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
(Rio+20), que acontecerá de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
O trabalho depende de uma cooperação entre os órgãos do governo
federal e integrantes da sociedade civil. "Temos um desafio até 2020",
declarou a ministra. "Será necessário fazer um diálogo com todos os
segmentos para construir uma visão única e definir como podemos inovar e
qualificar politicamente as propostas que queremos implantar".
CONVERSA AMPLA
As atividades da Rio +20 também
viabilizarão as metas. Durante a Semana do Meio Ambiente, que antecede o
evento, ocorrerão discussões no âmbito da biodiversidade. "Haverá uma
conversa ampla, com outros autores e membros da comunidade científica
que também são responsáveis pelo processo", acrescentou Izabella
Teixeira.
A abertura do evento reuniu, ainda, o secretário de Biodiversidade e
Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, e o chefe da Divisão de Meio
Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, Paulino Franco de
Carvalho Neto. "Os bons diálogos só têm acontecido por conta do grande
interesse dos setores e do engajamento nas metas", afirmou Cavalcanti.
A iniciativa tem o objetivo de propor ações capazes de alcançar as 20
metas para 2020 da Convenção de Aichi, estabelecidas durante a
Conferência das Partes (COP) 10, ocorrida em 2010, em Nagoia, no Japão.
Para discutir as alternativas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) criou
o Diálogos sobre Biodiversidade. Ao longo do ano passado, foram ouvidos
indígenas e representantes da sociedade civil, de comunidades
tradicionais e de setores acadêmicos, governamentais e privados. Também
foi realizada um consulta pública, por meio da internet, entre 29 de
dezembro e 31 de janeiro.
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