O modo de vida é a principal atração dessas viagens.
“Quem se dispõem a viver esse tipo de experiência vai para conviver com
as pessoas e conhecer o que tem naquela comunidade”, diz uma das
fundadoras e presidente do Projeto Bagagem, Cecília Zanotti.
Em cada destino o viajante encontra atividades específicas. Se hospedar na casa de uma família do interior da Bahia, dormir no barco no meio de um rio na Amazônia, conhecer as danças, cantigas, lendas e histórias contadas pelas senhoras de um vilarejo, participar de um cortejo, conhecer as histórias de um sanfoneiro, aprender a tecer uma rede ou a fazer cuscuz em uma casa de farinha. Tudo isso e muito mais garante uma experiência inesquecível aos visitantes, afirma Zanotti.
“Essas viagens mexem muito com os turistas”, diz. “Os visitantes acabam refletindo sobre o que querem realmente e se questionam se estão dedicando a vida a alguma causa. Tem gente que larga o emprego e muda completamente de vida depois dessa experiência”, conta a presidente.
Outra preocupação dos incentivadores desse tipo de atividade é desmistificar algumas atividades populares e mostrar o significado além do folclórico, facilmente presente no imaginário popular. “Os moradores não são estimulados a fazerem nada apenas para os turistas. Se eles dançarem o coco é porque eles tem alguma razão para isso, e não para que os turistas vejam”, conta o coordenador do programa de desenvolvimento solidário da Rede Cearence de Turismo Comunitário (Tucum), Jeferson Souza.
Princípios sustentáveis
O turismo comunitário se baseia em princípios de solidariedade entre aqueles que movem as atividades locais, ou seja, os membros da comunidade. Para Souza, não se trata de competição com outros pontos da comunidade e sim em fazer com que essas pessoas sejam as protagonistas do processo e não apenas empregadas dos donos de mega empreendimentos.
Para ser considerado turismo comunitário é preciso seguir a critérios como gestão comunitária dos produtos turísticos locais, economia solidaria, comércio justo e relação de sustentabilidade em longo prazo. “A comunidade entende que a natureza é dela e que é importante preservá-la, independente do turismo”, comenta Souza.
E não só o meio ambiente é beneficiado ao longo do processo. Outros setores que envolvem a comunidade também são favorecidos pelas empreitadas dos moradores. Para o coordenador, o turismo surge como um complemento das outras atividades econômicas, fortalecendo o conceito de identidade da cultura local e evitando a monopolização de dos grandes investidores.
Em cada destino o viajante encontra atividades específicas. Se hospedar na casa de uma família do interior da Bahia, dormir no barco no meio de um rio na Amazônia, conhecer as danças, cantigas, lendas e histórias contadas pelas senhoras de um vilarejo, participar de um cortejo, conhecer as histórias de um sanfoneiro, aprender a tecer uma rede ou a fazer cuscuz em uma casa de farinha. Tudo isso e muito mais garante uma experiência inesquecível aos visitantes, afirma Zanotti.
“Essas viagens mexem muito com os turistas”, diz. “Os visitantes acabam refletindo sobre o que querem realmente e se questionam se estão dedicando a vida a alguma causa. Tem gente que larga o emprego e muda completamente de vida depois dessa experiência”, conta a presidente.
Outra preocupação dos incentivadores desse tipo de atividade é desmistificar algumas atividades populares e mostrar o significado além do folclórico, facilmente presente no imaginário popular. “Os moradores não são estimulados a fazerem nada apenas para os turistas. Se eles dançarem o coco é porque eles tem alguma razão para isso, e não para que os turistas vejam”, conta o coordenador do programa de desenvolvimento solidário da Rede Cearence de Turismo Comunitário (Tucum), Jeferson Souza.
Princípios sustentáveis
O turismo comunitário se baseia em princípios de solidariedade entre aqueles que movem as atividades locais, ou seja, os membros da comunidade. Para Souza, não se trata de competição com outros pontos da comunidade e sim em fazer com que essas pessoas sejam as protagonistas do processo e não apenas empregadas dos donos de mega empreendimentos.
Para ser considerado turismo comunitário é preciso seguir a critérios como gestão comunitária dos produtos turísticos locais, economia solidaria, comércio justo e relação de sustentabilidade em longo prazo. “A comunidade entende que a natureza é dela e que é importante preservá-la, independente do turismo”, comenta Souza.
E não só o meio ambiente é beneficiado ao longo do processo. Outros setores que envolvem a comunidade também são favorecidos pelas empreitadas dos moradores. Para o coordenador, o turismo surge como um complemento das outras atividades econômicas, fortalecendo o conceito de identidade da cultura local e evitando a monopolização de dos grandes investidores.
Além da falta de políticas públicas, ele se queixa da ausência de investimentos e recursos para o setor até nos serviços mais básicos, como luz, saneamento e linha telefônica. Apesar disso, Souza afirma que a demanda cresceu 20% no último ano, enquanto que o turismo tradicional cresceu entre 7 e 11%.
Zanotti informa ainda que além do Ministério do Turismo, outros órgãos como os Ministérios da Cultura e do Meio Ambiente, já começam a demonstrar mais interesse pela causa. “O Brasil tem um grande potencial, especialmente porque possui uma diversidade cultural e ambiental muito grande. Nosso objetivo é fazer do país uma referencia em turismo comunitário nos próximos cinco anos”, informa.
Com um investimento inicial relativamente baixo, a grande questão passa a ser a organização da comunidade. “Passamos por um local onde não existia restaurante comunitário, a solução encontrada foi levar as cozinheiras até os barcos”, conta. Prova de que com criatividade, organização e responsabilidade socioambiental existe uma alternativa ao turismo da forma como conhecemos hoje.
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