O Ministério Público Federal (MPF) em Ilhéus (BA), promoveu reunião
para discutir a degradação ambiental nos areais da cidade, que fica a 446 km de
Salvador. A atividade foi realizada pelo procurador da República Eduardo El
Hage, na Procuradoria da República no Polo Ilhéus–Itabuna, e contou com a
participação de representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Procuradoria Federal.
A evolução na degradação ambiental dos areais em Ilhéus é
alvo de inquérito conduzido pelo MPF desde 2010. Segundo El Hage, através de
imagens obtidas por satélite – por meio da ferramenta Google Earth, foi
possível notar o grande desmatamento que está sendo causado pela exploração dos
areais no município. Visitas aos areais também permitiram confirmar a situação,
que está sendo analisada pelo MPF.
“Foram requisitadas perícias ao Ibama e Inema (Instituto do
Meio Ambiente e Recursos Hídricos) para verificar se as licenças ambientais
concedidas pelo município estão sendo cumpridas, principalmente no tocante ao
plano de recuperação de áreas degradadas”, explicou o procurador.
A extração de recursos minerais é permitida por lei, desde
que seja realizada com autorização do órgão competente, seguindo uma série de
critérios, como a recuperação da área explorada. Segundo a Lei 9605/98, é crime
ambiental “deixar de recuperar a área pesquisada ou explorada, nos termos da
autorização, permissão, licença, concessão ou determinação do órgão competente”
(art. 55).
Participaram da reunião o chefe do Escritório Regional do
Ibama em Ilhéus, Sandoval Mendes, o analista ambiental do Ibama Francisco
Carneiro Neto, o chefe da Procuradoria Seccional Federal em Ilhéus, Denzel
Hudson de Oliveira, e o procurador federal Josué Neto.
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