A União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) considerou
positivas as mudanças nos critérios de correção da redação do Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), anunciadas esta semana. Mas para a
presidente da entidade, Manuela Braga, os candidatos deveriam ter
direito de recorrer da nota obtida caso discordem do resultado. O edital
do exame não prevê essa possibilidade, mas no ano passado muitos
estudantes entraram com ação na Justiça e alguns conseguiram a revisão
da nota.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, será permitido aos candidatos a partir deste ano ter acesso à correção da redação, o que já tinha sido previsto em um acordo firmado com o Ministério Público Federal no ano passado. Mas a possibilidade do recurso permanece impedida.
“O estudante tem que ter acesso ao gabarito da prova, à redação e aos critérios de correção. Mas se ele julgar injusto só isso não adianta, ele tem que ter o direito de recorrer. O MEC tem que proporcionar um acesso mais democrático [à correção]”, defende Manuela Braga.
A redação do Enem vale 1.000 pontos e cada texto é lido por dois corretores, que atribuem a nota de acordo com a avaliação de cinco competências, como o domínio da norma culta, a capacidade de argumentação e a compreensão da proposta da redação (tema). Cada item vale 200 pontos. Até o ano passado, se as notas dos avaliadores tivessem entre elas uma diferença superior a 300 pontos, uma terceira pessoa era chamada para fazer uma nova correção.
Para este ano, a margem de discrepância caiu para 200 pontos. A terceira correção também será aplicada se houver diferença superior a 80 pontos em pelo menos uma das cinco competências. Se a discrepância nas notas permanecer mesmo após a terceira avaliação, será convocada uma banca, formada por três professores, que fará a correção presencial.
O grande volume de participantes da prova – em 2011 foram mais de 5 milhões – é o principal impedimento para que seja permitido o recurso da redação. Por isso, é adotada a prática do terceiro corretor. Mas para Manuela, o MEC deveria “ se esforçar mais” para garantir essa possibilidade. “O MEC inclusive quer que mais universidades adiram ao Enem, para isso tem que transmitir segurança na forma como ele é aplicado”, disse.
Apesar disso, Manuela avalia que o Enem é um grande avanço para a democratização do acesso ao ensino superior. “Hoje o Enem é a principal metodologia de avaliação para ingresso no ensino superior o que para nós é positivo porque a gente tinha um sistema de ingresso muito ultrapassado que privilegiava a 'decoreba'. A verdade é quem conseguia se dar bem era quem tinha condições de passar por um bom cursinho para aprender os segredos de passar no vestibular”, compara.
As inscrições para o Enem começam às 10h de segunda-feira e seguem até 15 de junho, exclusivamente pela internet.
De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, será permitido aos candidatos a partir deste ano ter acesso à correção da redação, o que já tinha sido previsto em um acordo firmado com o Ministério Público Federal no ano passado. Mas a possibilidade do recurso permanece impedida.
“O estudante tem que ter acesso ao gabarito da prova, à redação e aos critérios de correção. Mas se ele julgar injusto só isso não adianta, ele tem que ter o direito de recorrer. O MEC tem que proporcionar um acesso mais democrático [à correção]”, defende Manuela Braga.
A redação do Enem vale 1.000 pontos e cada texto é lido por dois corretores, que atribuem a nota de acordo com a avaliação de cinco competências, como o domínio da norma culta, a capacidade de argumentação e a compreensão da proposta da redação (tema). Cada item vale 200 pontos. Até o ano passado, se as notas dos avaliadores tivessem entre elas uma diferença superior a 300 pontos, uma terceira pessoa era chamada para fazer uma nova correção.
Para este ano, a margem de discrepância caiu para 200 pontos. A terceira correção também será aplicada se houver diferença superior a 80 pontos em pelo menos uma das cinco competências. Se a discrepância nas notas permanecer mesmo após a terceira avaliação, será convocada uma banca, formada por três professores, que fará a correção presencial.
O grande volume de participantes da prova – em 2011 foram mais de 5 milhões – é o principal impedimento para que seja permitido o recurso da redação. Por isso, é adotada a prática do terceiro corretor. Mas para Manuela, o MEC deveria “ se esforçar mais” para garantir essa possibilidade. “O MEC inclusive quer que mais universidades adiram ao Enem, para isso tem que transmitir segurança na forma como ele é aplicado”, disse.
Apesar disso, Manuela avalia que o Enem é um grande avanço para a democratização do acesso ao ensino superior. “Hoje o Enem é a principal metodologia de avaliação para ingresso no ensino superior o que para nós é positivo porque a gente tinha um sistema de ingresso muito ultrapassado que privilegiava a 'decoreba'. A verdade é quem conseguia se dar bem era quem tinha condições de passar por um bom cursinho para aprender os segredos de passar no vestibular”, compara.
As inscrições para o Enem começam às 10h de segunda-feira e seguem até 15 de junho, exclusivamente pela internet.
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